quarta-feira, março 7

Uma lição de vida....

Sou mãe de três crianças e recentemente terminei a minha faculdade.
A última aula que assisti foi de sociologia. O professor dava as aulas de uma maneira inspiradora, de uma maneira que eu gostaria que todos os seres humanos também pudessem ser.
O último projeto do curso era simplesmente chamado "Sorrir".
A classe foi orientada a sair e sorrir para três estranhos e documentar suas reações.
Sou uma pessoa bastante amigável e normalmente sorrio para todos e digo “oi” de qualquer forma. Então, achei que isto seria muito tranquilo para mim.
Após o trabalho ser passado para nós, fui com meu marido e o mais novo de meus filhos, numa manhã fria de Março, ao McDonald's.
Foi apenas uma maneira de passarmos um tempo agradável com o nosso filho...
Estávamos esperando na fila para sermos atendidos, quando - de repente - todos a nosso redor começaram a ir para trás, e então o meu marido também foi.
Não me movi um centímetro... Um sentimento arrebatador de pânico tomou conta de mim, e me virei para ver a razão pela qual todos se afastaram...
Quando me virei, senti um cheiro muito forte de uma pessoa que não toma banho há muitos dias; na fila estavam dois pobres mendigos.
Quando eu olhei para o que estava mais perto de mim, ele estava "sorrindo"...
Seus olhos azuis estavam cheios da Luz de Deus. Eles apens queriam um cantinho quente, para se aquecer.
Ele disse: Bom dia!, enquanto contava as poucas moedas que tinha amealhado.
O segundo homem ficou atrás de seu amigo e suas mãos tremiam. Eu percebi que este tinha problemas mentais e o senhor de olhos azuis era sua salvação.
Eu segurei minhas lágrimas, enquanto estava lá, parada, olhando para os dois.
A jovem mulher no balcão perguntou-lhes o que eles queriam.
O de olhos azuis respondeu: "Café já está bom, por favor...", pois era tudo o que eles podiam comprar com as poucas moedas que possuíam.
(Se eles quisessem apenas se sentar no restaurante para se esquentar naquela
fria manhã de março, deveriam comprar algo. E eles queriam apenas um lugarzinho aquecido).
Então eu realmente sucumbi àquele momento, quase abraçando o pequeno senhor de olhos azuis.
Foi aí que notei que todos os olhos no restaurante estavam sobre mim, julgando cada pequena ação minha.
Eu sorri e pedi à moça no balcão que me desse mais duas refeições de café da manhã em uma bandeja separada.
Então, olhei em volta e vi a mesa em que os dois homens se sentaram para descansar.
Coloquei a bandeja na mesa e pus minha mão sobre a mão do senhor de olhos azuis.
Ele olhou para mim, com lágrimas nos olhos e me disse, "Obrigado!!"
Eu me inclinei, acariciei sua mão e disse "Não fui eu que fiz isto por você, Deus está aqui trabalhando através de mim para dar um pouco de esperança a vocês dois".
Comecei a chorar enquanto me afastava deles; fui sentar com meu marido e meu filho.
Quando me sentei, meu marido sorriu para mim e me disse:
"Esta é a razão pela qual Deus me deu você, querida... ".
Seguramos nossas mãos por um momento. Pudemos dar algo aos outros hoje, porque Deus nos tem dado muito.
Nós não vamos muito à Igreja, porém acreditamos em Deus. No Deus que está mais nesses humildes seres, do que nos de carteiras abastadas.
Retornei à faculdade, na última noite de aula, com esta história em minhas mãos.
Entreguei "meu projeto" ao professor e ele o leu.
E então, ele me perguntou: "Posso dividir isto com a classe?"
Eu consenti enquanto o mestre chamava a atenção da classe para o assunto.
Ele começou ler o projeto em voz alta e aí percebi que, como seres humanos e como partes de Deus, nós dividimos esta necessidade de curarmos pessoas e de sermos curados.
Do meu jeito, eu consegui tocar algumas pessoas no McDonald's, meu filho e o professor, e cada alma que dividia a classe comigo na última noite que passei como estudante universitária.
Eu me graduei com uma das maiores lições que foi me dado aprender:
Amar as pessoas e usar as coisas, e não amar as coisas e usar as pessoas”.

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